Esses dias me falaram muito sobre sonhos , sobre como não podemos perder essa vontade de sonhar e eu percebi que ultimamente sonhar não é um verbo que eu esteja conjugando, o engraçado de tudo isso é que eu sempre fui uma sonhadora de carteirinha, sou meia pisciana e meia ariana, talvez a astrologia explique esse fenomeno de as vezes tão avuada outras vezes tão voraz, talvez explique porque consigo imaginar em segundos uma historia inteira e outras vezes não consiga nem sequer formar uma resposta.
Perdi a vontade de ir tão longe através dos meus pensamentos, não me dou o direito de imaginar grandes coisas, viver um momento futuro não me apetece mais, estaguinei de uma forma que estou cada dia me transformando no tipo de pessoa que nunca me agradou, aquela pessoa que olha pelo canto do olho, que se revolta com tudo e que todos estão contra ela, e eu só posso culpar a minha inaptidão de sonhar.
Mas como eu não consigo o mínimo ato de SONHAR?Logo eu que a vida inteira fui boba o bastante pra acreditar que tudo que eu pensava detalhadamente pudesse acontecer, e que na verdade nunca era sim, eu sempre treinava uma coisa e acontecia outra totalmente diferente, mas isso nunca foi um problema pra mim, da mesma forma que eu gostava de sonhar, gostava tambem de lhe dar com o acaso. . . Mas ainda quero saber, em que momento da minha vida eu perdia o sentido dela . . .
Posse despir a minha alma, dizendo que meu sonho ta se transformando em um certo tipo de inveja, agora não to me entendendo , inveja por acaso tem tipos? Mas entendam por favor, falar a verdade assim , dessa forma tão aberta e escancarada é difícil , ja confessei minha falta de sonhos , agora confesso a minha inveja e quando falo de tipo, quero dizer que esse sentimento não é daquelas ruins, mas sim porque eu vejo as pessoas vivendo aquilo que eu queria viver, só isso , não que eu não queira que aquela pessoa viva isso , mas é que eu queria ta vivendo também.
Falar tudo isso foi mais dificil do que o que eu poderia imaginar, porque enquanto escrevo , eu também leio e passo a entender e a confessar a mim mesma tudo isso, e talvez pra quem leia seja mais simples, mas pra quem escreve eu garanto que não.
Há 15 anos
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